Plenária virtual ao II Congresso Nacional do MLC reúne 100 sindicalistas
15 Estados e mais de 100 representantes sindicais presentes
Às vésperas de seu II Congresso Nacional, o Movimento Luta de Classes organizou a Plenária Nacional on-line com a militância de todo o país no dia 27 de julho. Foram 100 companheiras e companheiros de diversas categorias, direções de sindicatos e oposições, com um total de 15 estados representados. Contando com um forte contingente de jovens trabalhadores.
A plenária contou com o informe da Coordenação Nacional que instruiu as orientações dos 3 dias do congresso na cidade de Nazaré Paulista em São Paulo, nos dias 18, 19 e 20. A coordenadora Nacional do Movimento e Presidenta do Sindicato dos Enfermeiros e Enfermeiras de Pernambuco trouxe as atualizações da importante luta pelo piso da Enfermagem que neste momento enfrenta a sabotagem de ministros do STF em atendimento a pressão dos donos de planos de saúde e hospitais privados.
Outras lutas nacionais como a campanha salarial das categorias dos servidores públicos federais e o enfrentamento pelo piso salarial dos professores. No primeiro caso o informe foi relatado por Esteban Crescente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj) que explicou que a proposta dos servidores para os reajustes nos próximos anos é uma confrontação a política de Arcabouço Fiscal proposto pelo Governo e Congresso Nacional, que na prática mantém o teto de gastos de Temer e Bolsonaro. Já Renato Campos, professor de Minas Gerais e Conselheiro do SindUTE (profissionais de educação) explicou a importância do MLC nos estados se engajar na luta pelo piso frente a tentativa dos governadores de descumprir a Lei, também reforçou a necessária mobilização pelo fim do "Novo Ensino Médio" que é a Legislação golpista de Temer de precarização do ensino básico no Brasil.
Uma rodada de avaliação foi feita pelos presentes, analisando o quadro da conjuntura e as tarefas do movimento sindical brasileiro. Sindicalistas do ramo municipal defenderam a necessidade de contagem do tempo de trabalho durante a pandemia. Dirigentes atuantes nos sindicatos de estatais alertaram para os ataques promovidos pelo órgão SERT aos direitos conquistados no Acordos Coletivos, que tira autonomia das empresas públicas.
Lideranças mulheres do MLC foram destaque durante a plenária, em sua grande maioria militantes do Movimento de Mulheres Olga Benário relataram a força do Encontro Internacional de Mulheres Latino Americanas e Caribenhas ocorrido em julho em Brasília que congregou muitas sindicalistas do Brasil e da América Latina. Propondo táticas e linha política para combater o machismo no movimento sindical.
Foi consenso que o MLC deve atuar de forma decidida em todas as lutas desenvolvidas pela classe trabalhadora, organizar participação nas disputas eleitorais sindicais e fortalecer as categorias com maiores dificuldades e tradições organizativas. Pois, somente com luta social, greves e manifestações é possível o movimento sindical ter vitórias.
Na luta antifascista a plenária reafirmou que a pauta principal no momento é a prisão de Bolsonaro e os golpistas de 08 de janeiro, que devemos nos somar nas lutas de rua e mobilização em todo país.